ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

http://classificados.dnoticias.pt/VerClassificado.aspx?id=29680

A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

quinta-feira, abril 28, 2011

Dúvida metodológica...

Se nas empresas privadas são os sócios ou os accionistas quem assumem os respectivos passivos, por que razão quando se trata de Bancos Privados têm de ser os contribuintes portugueses que nem accionistas são?

in, http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=passivos

2 comentários:

  1. Não tem que ser o contribuinte a pagar. É impossível os accionistas pagarem a totalidade das perdas porque são de tal maneira grandes. Mas podem e DEVEM pagar aquilo que têm.

    Vejamos: se o contribuinte não pagar, quando um banco vai à falência a maioria das pessoas que têm lá o seu dinheiro perdem-no simplesmente, o banco deixa de lhes poder pagar. As pessoas perderiam progressivamente a confiança no sistema bancário, produzindo potencialmente um efeito em cadeia. É isto que o os Governos de hoje querem evitar - portanto a sua cautela tem algum mérito. O que eles não percebem, é que o próprio modelo financeiro tem tendência a que este tipo de comportamentos se repitam por design. Os bancos, como outra empresa qualquer, são movidos pelo lucro. Estão sujeitos a regulação, mas encontram sempre maneiras de dar a volta e não são punidos ou responsabilizados.

    Ninguém está disposto a corrigir o problema de raiz. Está tudo a pensar em soluções a curto prazo, que remediem a situação actual, sem olhar para o panorama maior. O Sr. Passos Coelho quer privatizar a Caixa Geral, para angariar algum dinheiro nos cofres do Estado. E quando a próxima crise vier, onde vai buscar dinheiro para sustentar a nação? Hoje os contribuintes pagam para os bancos não irem abaixo, daqui a 10 anos o sistema volta a cair. E os contribuintes voltam a pagar.

    Temos que retirar o poder de dar crédito aos bancos e dá-lo ao Estado - implementando o Full reserve banking. Ou isso ou nacionalizamos a banca. Isto impede que os bancos tenham influência inflacionária por um lado, e por outro lado permite ao Estado ter capital próprio para amortecer o impacto deste tipo de crises.

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  2. Num país pequeno, pobre e subdesenvolvido como o nosso, não se compreende como é que de há uns 10 ou 15 anos a esta parte se permitiu que houvesse tanto crédito ao consumo. Como foi possível permitir que tantos agiotas invadissem a vida social, económica e financeira de um país que já nem consegue produzir o seu próprio sustento.
    E agora de quem é a culpa?, será do Estado que permitiu que a sociedade se organize-se de forma em que o mais importante era o consumo das famílias, mesmo tendo um nível de redimento médio ou baixo, sendo o crédito o motor de um ilosório desenvolvimento económico?, Será do Banco de Portugal, que permitiu a corrida desenfreada ao crédito?
    Como justificar que num país pequeno, pobre e subdesenvolvido, haja por exemplo tantas e tão grandes superfícies comerciais?, ou como é que num país pequeno, pobre e subdesenvolvido, haja um apelo tão grande ao consumo com slogans do tipo, "Compre hoje e comece a pagar daqui a dois meses"?, em vez de se investir nos sectores produtivos e de se preparar e educar as pessoas para viverem com o que produzem e com o que têm, valorizando o seu esforço e o seu trabalho...

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