ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

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A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

sábado, setembro 25, 2010

À atenção dos Passos, Perdidos e afins: o "tendencialmente gratuito" que pretendem retirar da Saúde

Há pessoas que, não tendo vergonha na cara, e que dizem, que sem as alterações constitucionais que propõem os portugueses, viveriam pior, ainda querem retirar o tendencialmente gratuito do Serviço Nacional de Saúde.

Ora bem. Para essas pessoas que nunca usaram o Serviço Nacional de Saúde, mas clínicas e hospitais privados e do que conhecem de centros de saúde é o que apenas passa na televisão, gostaria de transmitir um pouco da experiência do meu falecido pai, como médico que foi de centros de saúde situado sem localidades onde a exclusão social foi (e é) a nota relevante.

Se muita gente não tem dinheiro para comprar medicamentos; que chega à caixa do supermercado e pede à menina da caixa para retirar da conta alguns produtos pois não consegue pagar todos; se muitos médicos dos centros de saúde consideram urgências casos que não são senão as pessoas têm de esperar meses e meses em listas de espera de sistemas informáticos que mal funcionam ou criam corredores VIP para alguns privilegiados; se, mesmos nas urgências ficam horas e horeas nas macas ou nos corredores à espera de um atendimento condigno, como é possível alguém avançar com a possibilidade de retirar o tendencialmente gratuito?

O que essas pessoas iluminadas (não interiormente decerto, mas pelas luzes de uma imerecida ribalta) não falam é de uma despesa do Estado em 2009 que derrapou 1.800 milhões de euros em relação ao que estava orçamentado.

Verba essa que, ao nível dos cuidados primários de saúde, permitiria, decerto, dar resposta a um sector que é, ou deveria ser, uma das razões pelas quais pagamos os nossos impostos.

Caros governantes, de "consciência tranquila", DEVOLVAM o dinheiro que gastaram a mais em 2009, do vosso bolso ou das corporações que vos colocaram onde estão, e assim a questão do tendencialmente gratuito nem se colocará.

Tenham vergonha nessas "caras de pau". Muitos podem andar distraídos, mas a História de Portugal já não segue nenhum pensamento único. E na história da minha vida só faltará ver-vos, como o líder dos refugiados (com o pomposo nome de "alto-comissário"), galardoados pelo Estado espanhol ou, em 2003, pelo governo norte-americano...

Com a adicional medalha "telefónica" dos bons serviços prestados, sugiro eu.

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