ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

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A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

quinta-feira, junho 17, 2010

Manifesto aos Economistas deste País, eventualmente relutantes em aderir à petição

Uma das "perfeições" deste País é o dogma da especialização. Pretende-se (mais um choque tecnológico sub-reptício?...) que as pessoas sejam muito boas numa determinada especialidade, ao ponto de descurarem as outras áreas, não só do saber, da área (e responsabilidade) social e também (?) ao nível de uma acção permanente para uma cidadania de "corpo inteiro".

Pedindo, desde já, desculpa às pessoas que assim não se comportam (a começar pelas 162 pessoas que mandaram a sua petição para a minha caixa de correio postal), de modo a não confundir as "árvores com a floresta", o ridículo levado ao extremo desse primado do "princípio da especialização" é o de uma pessoa, que não tem nenhum clínico geral para ser observada, ter de se submeter a várias intervenções cirúrgicas de especialidade até descobrir qual a maleita de que padece. Com todos os riscos associados...

Sei de economistas que analisaram as contas do meu Manifesto e "determinaram", imediatamente, a seguinte sentença: "não é possível cortar na gestão da dívida e da Tesouraria Pública, pelo que não vale a pena subscrever na petição".

Obviamente que eu contava com esta reacção e, propositadamente, mantive essa situação (antes de publicitar o Manifesto e as Contas, note-se), porque É possível reduzir tal rubrica. É como emagrecer: pergunte-me como... mas às portas do Parlamento.

Agora, ou seja, neste momento ou quando sou interpelado para o efeito, eu, que me preocupei em consultar o Orçamento de Estado para ver onde seria possível cortar e para ter a oportunidade de arranjar uma alternativa, não vou fazer a "papinha" aos distintos economistas; eles que digam ou apresentem outras soluções alternativas ao emagrecimento do Estado, já que não conseguem vislumbrar a minha "óptica orçamental".

Quantos, dos distintos economistas da nossa praça (anónimos ou os que se prontificam a falar por tudo e por nada) se preocuparam em analisar o Orçamento de Estado e a esboçar uma folha de excel?

Se esta petição é (como é) um desafio de cidadania, porque razão, em vez do conforto ou do comodismo de nada dizer (a não ser... dizer "não") ou de nada fazer, não contribuem as pessoas tecnicamente mais habilitadas para que se discutam, publicamente e sem sectarismos, estas questões orçamentais de uma forma esclarecida e consciente, e sem corporativismos?

Será que é a "vergonha" (ou uma eventual reacção corporativa de orgulho) por verem um jurista que percebe de contas, balanços, demonstração de resultados e de fluxos de caixa?...

Mais do que isso, por uma questão de cidadania, por uma questão de sobrevivência nacional (a União Europeia já se prepara para um Governo Económico comum...) é imperioso obrigar o Estado a poupar, a "emagrecer" e a não se portar como um fidalgo falido mas sempre em festas: visita do Papa, 10 de Junho em Faro, comemorações da adesão à União Europeia - quanto é que tudo isso custou ao erário público (ou seja, de todos nós)? Será demagogia pedir essas contas?

É caso para perguntar a cada um (de nós, e dos economistas) se o interesse geral é mesmo superior ao interesse de cada um...

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