ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

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A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

sábado, junho 26, 2010

Peixe pouco alegre com isco à base de nobre salsicha

O Presidente da República, em sessão com jovens empresários - ou jovens gestores? (quiçá habituados a uma cultura de subsídio-dependência e de défice de empreendedorismo) - avisou, e bem, que nos próximos anos não deverão contar com um Estado que (partidos à parte, pois as clientelas sobrepuseram-se à vontade das Direcções partidárias) tornou este País numa situação insustentável.

Se grandes Países europeus, como a Alemanha e a Inglaterra, passam por grande dificuldades financeiras, será que os portugueses querem continuar a ser iludidos com os "paninhos quentes" de Manuel Alegre e de Mário Soares (que saíram logo a criticar Cavaco Silva após a referida intervenção)? Quando desde o 25 de Abril nunca houve uma estratégia nacional para o País com "cabeça, tronco e membros" que não fosse a de tentar aproveitar (ludibriar muitas vezes na obtenção de) fundos comunitários?

E que as poucas iniciativas de sucesso, como Centro Internacional de Negócios da Madeira, são sucessivamente atacados por um Louçã sem moral (na medida em que não apresentou qualquer alternativa válida ao facto de o CINM ter criado emprego qualificado a muitos licenciados madeirenses que, sem ser por via da função pública, não iriam obter colocação na economia regional, sendo obrigados como tal a imigrar).

Não há que ter ilusões quanto à estirpe de políticos que temos, fruto da nossa inércia, imobilismo e comodismo.

À conta do apoio presidencial do P.S., Manuel Alegre (a quem ninguém o cala) calado está em relação à acção governativa (uma constante dos últimos 30 anos) que tem deteriorado as condições sociais e económicas dos portugueses (meu Partido incluído, claro está, para mais quando nenhum ouve as bases senão para que estas façam número aos números de exibicionismo político e de imagem). E quando Alegre abre e abrir, salvo seja, a boca, será sempre para atacar Cavaco, na linha de primeiro defensor de um José Sócrates que só é Primeiro-Ministro por culpa da nossa inércia como cidadãos portugueses. Com a "nobre" conivência (enquanto não tiver o apoio "maçoarista") para que cada um de nós fique mais... pobre.

Nós, os descontentes e aqueles que (ainda por cima em sinal de burrice cívica) vão às Mesas de voto colocar em branco o seu voto (?), por um lado não nos preocupámos em exigir melhores partidos políticos (que acabam por ser puros sindicatos financeiros, financiando-se à custa do dinheiro dos nossos impostos e permitindo que os deputados e outros titulares de cargos públicos, de institutos públicos e de sectores empresariais do Estado, tenham rendimentos manifestamente imorais e injustificados para as funções que lhes foram - ? - confiadas); e, por outro lado, preferimos dizer mal em vez de reagir como cidadão, sob a desculpa de que não vale a pena mudar porque não se conseguirá nada.

Se, por hipótese (não tão académica quanto isso), o Governo, em vez de conter os seus gastos e preocupar-se, efectivamente, em reduzir o défice do Estado, quisesse impor a todos sem excepção uma taxa e 90% de IRS e de IRC, continuaríamos calados, impávidos e serenos, ou a chorar, uma vez mais, para um muro de lamentações que não muda o que quer que seja?

Para os imediatistas e seguidores (por conveniência, conformismo de rebanho obediente, ou por oportunismo de mão estendida) do despesismo e desperdício dos dinheiros públicos, a questão não é não pagar impostos, antes pelo contrário: deve ser criado um sistema fiscal que alargue o universo dos contribuintes líquidos.

Para tal é necessário que os lobbies que, quais carraças, não largam os corredores do poder e de quem (pensa que) decide (ou, então, quem tem, quiçá, a esperança de sair do Governo e ser colocado numa Administração duma empresa pública ou de capitais públicos - e exemplos não faltam, nem deixam de "mexer"), deixem de continuar com a sua acção nefasta para o Bem Comum.

O interesse público só prevalecerá quando, por exemplo, a forma de tributação entre particulares e empresas seja analisado de forma unitária.
Pois se as famílias passarem a ser tributadas pelo resultado do seu rendimento bruto e pela totalidade das suas despesas, as mesmas serão "obrigadas" a exigir recibos de tudo aquilo que tenham de despesa, o que obrigará as empresas que raramente prestam recibo pela sua actividade, passem a passar tais recibos, obtendo o Estado receita suplementar não só em termos de IVA mas também ao nível do IRC.

E se as famílias ou particulares deixarem de ser considerados consumidores finais (afinal, o consumidor final é o próprio Estado que os "come" quase tudo), a "chantagem" de algumas empresas nos dizerem se preferimos um preço com ou sem IVA deixaria de fazer sentido, e implicaria um acréscimo da receita fiscal.

Daí que os alertas do Presidente da República são insuficientes pois, também ele, não tem a coragem de "cortar a direito", preferindo, comodamente, falar em situações pontuais e de aviso. E sendo um economista (ainda que de gabinete ou de "aviário"; ao que as presidências abertas não conseguem camuflar), com a sua magistratura de influência e reuniões semanais com o Governo, deveria ter tido maior sensibilidade social e económica, e ser mais rigoroso, a bem dos cidadãos, assim como quanto a este abusivo e extraordinário aumento de impostos.

A legitimidade que lhe advém duma eleição directa deveria ter sido suficiente para mostrar o Norte ao Primeiro Ministro (e os demais pontos cardeais), mandando-o reduzir nos gastos correntes da Administração Central do Estado e, com isso, obter os 1700 milhões de euros que nos querem cobrar extraordinariamente em impostos directos e indirectos. Eu estou a lutar no Tribunal Administrativo e Fiscal para que isso não aconteça e vejo os outros 10 milhões de portugueses (menos os 174 que me mandaram as suas petições para a caixa postal da minha residência, devidamente preenchida) tão ludibriados por uma Imprensa pretensamente livre mas subordinada a uma forma única de pensar e que, objectivamente, impede a liberdade de expressão em Portugal. Quando se deu conta da blogosfera já era tarde.

Para quem esteja apenas atento aos Morangos com, Açúcar, às Farmville e às Playstation, Estamos submetidos a Bruxelas, enquanto quisermos, mas não aos políticos de Bruxelas, apenas aos "lobbies" económicos lá instalados, os tais que convidam Durão Barroso para férias num iate de luxo no Mediterrâneo e que nos impõem os TGV's e os produtos chineses de baixa qualidade, a troco da venda de Airbus para a Air China. Até o raio de um amendoim vem da China (a grande defensora dos direitos humanos). As indústrias europeias são assim desmanteladas (deslocalizadas como os economistas gostam de definir) e os europeus ficam sem emprego.

Como a China pensa a longo prazo e nós a curto prazo, o que sucederá é que esses mesmos produtos de baixa qualidade serão vendidos a 10 ou 15 vezes um preço superior, pois a concorrência será inexistente. Não há uma alma caridosa que consiga ver isto?

Quando é que acordamos e exigimos respeito pelo dinheiro (dos impostos) que nos custa ganhar? É mais fácil acenar as bandeirinhas ao Papa e à Selecção, não é? Faz lembrar aqueles que se embebedam e, depois, não têm dinheiro para o leite dos seus próprios filhos.

A vergonha nacional é esta. O meu lamento.

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