Não deixou de haver riqueza em Portugal, a mesma está (continua a estar) mal distribuída.
O que as pessoas não percebem (e a lógica keynesiana, que andaram a ensinar pelas faculdades de economia e de Direito, em economia política, se "esqueceu", para grande gáudio neo-liberal) é que a criação de riqueza não advém apenas do investimento e da poupança; vem também dos salários, pois parte dos mesmos permitem aos empresários empreendedores recuperar os seus investimentos.
Se pagamos mal à maioria das pessoas, estamos a constituir um "torniquete" ao próprio desenvolvimento interno, e, na lógica neo-liberal de redução de custos sempre à conta dos despedimentos, a dar tiros nos pés no que toca à viabilidade futura das próprias empresas.
Por outro lado, um melhor nível salarial permitiria à "máquina fiscal" arrecadar mais receitas - aspecto que seria positivo no pressuposto de que o Estado deixe de ser uma sorvedura de desperdício, de mordomias e de parcerias público-privadas danosas e obscenas.
Havendo solidariedade entre a maioria dos cidadãos, um compromisso segundo o qual o interesse colectivo deveria prevalecer sobre o individual, em especial quando se trata da gestão do dinheiro dos contribuintes, e uma forma concertada de acção, poderemos conseguir resultados que permitam “estancar a sangria” às contas públicas, desenvolver a economia, criar postos de trabalho e reduzir do próprio trabalho precário.
No pressuposto, afinal, de que quem trabalha bem deve ser visto como um activo empresarial e não como uma mera linha duma folha de estrutura de custos.
(continua)
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