ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

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A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

sexta-feira, julho 23, 2010

Acreditar na moralização do Estado em vez de pedir a sua insolvência

Mensagem dirigida ao grupo "Aglutinadores de Consciências": http://www.facebook.com/topic.php?topic=112&post=352&uid=121434087901342#!post352

Em Maio quando reagia ao abusivo aumento de impostos extraordinário (porque o Ministério das Finanças tem uma rubrica para despesas extraordinárias que não utiliza e supera largamente os 1700 milhões de euros que pretende ir buscar aos nossos impostos) senti a necessidade de criar um Movimento (movimento é o acto de deslocação de um estado para outro, nada tem a ver com associação de pessoas, basta conferir no wikipédia) que reunisse ideias/mensagens, as quais - por maior o sentido crítico, acidez (porque sou um ser humano com humor negro), ou susceptibilidade de suscitar controvésia (ponto de partida para a evolução) - tinham e têm como propósito a moralização das contas públicas do Estado português.

Para quem atrás disse que não há ideias positivas, o manifesto que resultou na primeira petição propõe uma medida (redução de 1 euro e dez cêntimos em cada 100 euros de despesas correntes do Estado, de modo a se alcançar os tais 1700 milhões de euros).

E mais, propús, na petição que está activa e de cujos pdfs. podem ser obtidos bastando para isso solicitá-los para o meu e-mail, a introdução de um Código de "Ética Mínima Garantida" na gestão dos dinheiros públicos.
Sem essa ética, quaisquer ideias (sectoriais ou gerais) que se apresentem para Portugal correm o risco de serem aproveitadas para fins privados, quando o Público denunciou que um assessor dum Secretário de Estado tinha interesses numa sociedade que iria comercializar os chips que pretendiam impor aos utilizadores das SCUT.

No seguimento, surgiu uma petição, desta vez on line, que visa obrigar os políticos (e agregados familiares) a apresentarem uma declaração patrimonial anual, além da declaração de rendimentos, e mais: que tais declarações (ao invés de depositadas/escondidas nas catacumbas do Tribunal constitucional, cujos Juízes não são de carreira, mas de nomeação política, para quem não esteja lembrado) estejam permanentemente disponíveis no site da Assembleia da República (suposta casa da Democracia; ou câmara ardente onde arde estupidamente o dinheiro dos contribuintes e onde se valida o endividamento do Estado português).

O grande problema neste momento na apresentação de ideias novas para Portugal é que as pessoas não estão dispostas a ouvir, e mesmo que ouvissem as mesmas caíam em saco roto de uma classe política dominada por ordens ocultas (mas conhecidas), em que os deputados não são os representantes do Povo, mas sim cordeirinhos incluídos em listas partidárias definidias pelos "comités centrais de Lisboa", num afunilamento comprovado pela célebre instituição da disciplina partidária na hora do voto.

Eu tenho ideias para o País, não tenho a capacidade de mobilização do Rui Manuel Moura e infelizmente tenho poucos amigos em quem reconheça espírito cívico pró-activo.

A minha única "arma" são as ideias, resultado da observação da desgraçada evolução deste regime aparentemente democrático, em que se dá mais prevalência à imagem do que à mensagem.

Não perdi a esperança, por natureza própria e porque não sou cobarde: tenho dois filhos menores e esta minha acção cívica visa criar raízes para que eles e a respectiva geração possam saber que, havendo correcção, dignidade, moralização, ética e humildade, é possível alcançar para Portugal e para todos nós uma substancial melhoria das condições de vida, condição sine qua non para que seja possível identificar e lutar por desígnios nacionais sustentáveis e rentáveis.

Em Maio sentia-me sozinho; hoje sinto um acompanhamento cada vez maior, porque mais importante do que quem emite a mensagem é a capacidade de se olhar para a mensagem em si mesma e ver, numa perspectiva positiva, aquilo que de útil possa ser aplicado para Portugal.

Se fosse deitar abaixo por deitar abaixo, então era mais fácil dizer à pessoa colectiva chamada Estado português que apresentasse em Tribunal um pedido de insolvência; mas não, acredito que com disciplina e com pessoas honestas e rigorosas e com a verificação permanente da despesa pública e do combate ao despesismo e desperdício é possível obter duas coisas: redução da carga fiscal que atrofia a economia/empresas e estrangula as famílias; obtenção de verbas para projectos transversais e mobilizadores do próprio País.

A quem dizia que não há ideias, o meu contacto (a minha amizade facebookiana) está disponível para apresentá-las, de modo a que, numa dialéctica que (como bem disse o Rui Manuel Moura) não se preocupe com os aspectos negativos mas apenas com o efeito útil das mensagens e ideias, as mesmas possam sair fortalecidas e, como tal, susceptíveis de maior adesão.

O exemplo disso ter acontecido foi com a petição on line, discutida previamente com a Glória, uma pessoa cuja cara nem conheço mas que conseguiu conter a minha "fúria peticionante", própria de quem apetece chegar ao Parlamento e ao Governo dar um par de estalos a quem brinca com o nosso dinheiro, com mordomias injustificadas, inúteis e imorais.

Para finalizar, como dizia Jô Soares no programa televisivo Viva o Gordo: "eu não sou palhaço, estão-me fazendo de palhaço" - reforçando que o "palhaço somos nós" deve ser complementado com propostas alternativas constantes de causas e de petições, como as que já existem.

Bom fim-de-semana a todos e um abraço madeirense
do Pedro Sousa

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