"A Indústria do Medo", artigo do jornalista Manuel António Pina (Parte 3)
(Rubrica “A terra vista da lua”, do jornalista Manuel António Pina, in Notícias Magazine de 12/09/2010)
m.a.pina@dn.pt
- «A origem do mal é quase sempre nos países pobres e superpovoados. No caso da “gripe das aves” foi o Sudeste Asiático; no da “gripe suína”, o México; agora, a nova bactéria “indestrutível” terá vindo da Índia e do Paquistão (enquanto só andou por lá, matando indianos e paquistaneses, era pelos vistos inofensiva e não justificava notícias).»
- «Nos países pobres do mundo morrem todos os anos, segundo os números da ONU, seis milhões de crianças, de fome e doenças causadas pela desnutrição. Isso, porém, já não é coisa que meta medo, porque a fome, ao contrário de vírus e bactérias, não se pega e, para que não nos incomode, basta fechar os olhos».
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Perguntas de cidadania dirigidas à Revista Visão (propriedade da Impresa, por seu turno propriedade de Pinto Balsemão, representante permanente do Clube Bilderberg, de que ninguém na Comunicação Social parece falar, porque será?), aos Cidadãos portugueses e ao iluminado Bill Gates:
1. Em vez de andarem a “branquear” a imagem de benemérito do cidadão Bill Gates, porque não lhe perguntaram se, com tantos milhares de milhões disponibilizados pela sua Fundação (isenta de impostos como qualquer Fundação que se preze, o que equivale a dizer que é receita fiscal que não entra nos cofres dos respectivos Estados soberanos) para “ajudar” a vacinar as crianças de África, não afectava parte desse montante para combater a fome e a subnutrição dessas mesmas crianças?
1.1. Se o produto das isenções fiscais da sua fundação ficassem retidos na fonte, ou seja, no IRS do Governo federal americano, talvez assim o próprio OBAMA pudesse patrocinar, do ponto de vista internacional, medidas mais eficazes de combate à fome, à pobreza, integradas num plano de vacinação em condições...
2. Seria bom, dado que "usam" números para justificar tudo e mais alguma coisa, muitas vezes em função do seu próprio interesse ou conveniências, a Fundação Bill gates apresentar um estudo fidedigno (e comprovado por entidades idóneas e independentes, que não a ONU) sobre as crianças africanas que terão sobrevivido às vacinas financiadas por aquela Fundação.
3. E mais: dessas crianças que terão sobrevivido à dosagem aplicada pelas vacinas da Fundação Gates, seria interessante saber quantas sobreviveram à fome e à subnutrição?
4. Com que direito tem o Senhor Bill Gates (que não é diferente de mim nem de qualquer cidadão do Mundo, excepto na respectiva conta bancária) - e que não foi democraticamente eleito no seu País para o desempenho de qualquer cargo que lhe permita mandar "bitaites" sobre a redução do CO2 - de defender uma "equação matemática" de redução do CO2, a qual inclui, a redução da população mundial?
4.1. Ou o vídeo da sua conferência onde defende tal enormidade (ainda) disponibilizado no Youtube é forjado?
4.2. Será que o plano de vacinação da sua Fundação tem implícito tal objectivo reducionista?
Quem quiser que traduza para a língua nativa desse cavalheiro e lhe envie estas perguntas, acrescidas de mais uma:
4.3. Porque não toma o próprio Bill Gates as próprias vacinas que manda os outros aplicar com o dinheiro da sua Fundação? Se é bom para uns...
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