Edição de 9 de Setembro de 2010, página 3, entre parêntises as nossas notas de rodapé:
«(...) Na Europa o tabu dos nomes atingiu o sublime: a Europa tem uma Constituição que não se pode chamar Constituição. É o Tratado de Lisboa, um "vrrnhiec" incompreensível para o cidadão comum, que só foi aprovado exactamente porque era assim incompreensível e ninguém que não fosse eurocrata (1) estaria apto a deslindar o que ia lá dentro. (2)
O governo económico (3) europeu tem um nome na França e outro nome na Alemanha, porque Angela Merkel está a braços com uma vaga eurocéptica (4) e não pode arriscar. E sobre o assunto que domina actualmente a agenda europeia, Berlim soletra "coordenação económica" como poderia soletrar "Vrrnhiec".
A aprovação esta semana da VIGILÂNCIA SOBRE OS ORÇAMENTOS NACIONAIS (5), entre as várias medidas para o governo económico europeu, SÃO UM PASSO DE GIGANTE FEDERALISTA.(6)
No entanto, esta é a mais proibida de todas as palavras europeias e AS ELITES CONTINUAM A DIZER "VRRNHIECS". Durão Barroso cumpriu a tradição europeia ao dizer que "não há lugar para a xenofobia" na Europa, mantendo-se incapaz de enfrentar directamente Sarkozy e a deportação de ciganos.
Para Barroso, "chegou a hora da verdade" e "ou sobrevivemos juntos ou afundamo-nos um a um" (7). E que tal começarmos por chamar os bois pelos nomes?» (8)
(1) - ou "globalista"?
(2) - Será, assim, motivo para se fazer, finalmente, um referendo nacional?
(3) - Será só um governo económico; é que a palavra governo indica outra coisa; se fosse só económico seria apenas um "conselho de administração europeu" - mais um "vrrnhiec" em que a própria jornalista nem sequer terá equacionado
(4) Estão a "desindustrializar" a Europa, tal como nos Estados Unidos, com as perdas de emnprego que tal "desindustrialização" (vulgo deslocalização) implica (ao melhor estilo liberal: comprar barato para vender caro) e ainda querem "vivas à Europa"? Será que já se esqueceram da "Europa dos cidadãos" ou querem que nos esqueçamos dessas ilusórias alvíssaras?
(5) Não acham curioso que tal vigilância não tenha obrigado o Estado português a cortar na despesa corrente do Estado, quando o "bonm aluno" Teixceira dos Santos nada anunciou nesse aspecto?...
(6) Ao contrário do que apregoou o "nosso" Presidente do Tribunal de Contas, em entrevista recente à "insuspeita" Revista Visão...
(7) Se a Comissão Europeia tivesse uma mascote, decerto seria o "Bruxerne", pois é o único que se dá bem debaixo de água quando isto tudo(leia-se, soberania nacional) for ao fundo.
(8) A propósito de "insuspeição", e que tal a Imprensa portuguesa de expansão nacional começar a chamar os bois pelos nomes, perguntando aos políticos que tenham comparecido às reuniões anuais secretas do Grupo Bilderberg o que lá foram fazer, analisando, paralelamente, as "ascensões meteóricas" de muitos deles após a presença em tais reuniões?...
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