Se nas empresas privadas os sócios, ou accionistas, muitas vezes têm de entrar com os chamados suprimentos ou com prestações acessórias de capital, sendo o Estado (oficialmente) "preenchido" por Partidos que colocam os seus políticos e clientelas em lugares-chave, mais do que justo seria que, havendo resultados negativos dos exercícios económicos do Estado (pessoa colectiva de direito público que não se confunde com Portugal), fossem estes mesmos Partidos a entrarem com suprimentos até que tal resultado deixasse de ser negativo.
Dizem-me que os Partidos não têm dinheiro e até são financiados pelo Estado.
Dizer isto é demagógico, ou não estivessem todos estes Partidos enfileirados em grupos políticos internacionais, ou mesmo a clientelas nacionais que já lucraram com os negócios que fizeram com o Estado. Estarei assim tão errado?
Mas mais importante do que reagir a resultados negativos é evitar, precisamente, tais resultados negativos.
Para isso é importante não existir "derrapagens" orçamentais, como a que sucedeu em 2009, na ordem dos 1.800 milhões de euros e com que tentaram "ludibriar" os contribuintes menos atentos às contas do Estado, dando o pomposo nome de PEC (Pacto para Enganar os Cidadãos), com a conivência do líder nacional do meu partido.
E, como já exigi e não descansarei até que tal devolução seja feita, exigir a responsabilidade pessoal dos membros do Governo sempre que as despesas excedam o que estava orçamentado.
E mais. Não basta o resultado de zero, nem que se respeite o que está orçamentado.
É necessário que o Estado não se financie por outra via que não seja a dos impostos que cobra aos seus cidadãos.
Se o Estado se queixa de poucas receitas fiscais, então porque não pensa num sistema fiscal mais abrangente e mais justo, em que não sejam sempre os mesmos a pagar por uma economia paralela que não passa recibo, muito menos declara ao Estado aquilo que recebe efectivamente.
E se o Ministro das Finanças (que já se viu que nem ele próprio consegue gastar apenas o que está orçamentado para o seu Ministério) não tem imaginação suficiente para pensar num sistema fiscal mais adequado, como se diz cá na minha terra: a porta da rua é a serventia da casa.
É preciso ser mais claro?
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