ESTADO PROCURA CONTRIBUINTES PARA RELACIONAMENTO SÉRIO

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A cidadania e o patriotismo não se exercem apenas de 4 em 4 anos... como estes políticos pretendem...

domingo, outubro 03, 2010

O QUE ANDAM OS DEPUTADOS A FAZER QUE NEM AS CONTAS DO ESTADO PARECEM ANALISAR?

Não se percebe, o que é que andam a fazer os deputados à Assembleia da República, dado que, em relação às Contas do Estado de 2009:

a) Parece que não analisam devidamente essas Contas do Estado, como este cidadão comum o fez e verificou uma derrapagem de 1.800 milhões de euros face ao orçamentado para esse mesmo ano de 2009;

b) Não exigem que a Direcção-Geral do Orçamento (ou o seu superior hierárquico) apresente, em cada quadro numérico, nos mapas das contas, 3 colunas adicionais que espelhem o montante orçamentado, os desvios em valor e os desvios em percentagem (ao orçamento para esse mesmo ano);

c) Parece coisa de "principiantes da gestão financeira", pois, em qualquer balanço e demonstração de resultados de qualquer empresa minimamente organizada, se não consta o que estava orçamentado para o exercício em apreço, pelo menos consta os montantes apurados no exercício do ano anterior, para haver termo de comparação.

A Conta do Estado, para mim, é um documento imperfeito, incompleto e que omite a informação comparativa, quando a transparência da gestão dos dinheiros públicos exigiria outra acuidade.

Se nenhum deputado à Assembleia da República deu-se ao trabalho, no que respeita à Conta geral do Estado de 2009, aqui vai, novamente e ad aeternum, o "contributo cívico" de um cidadão comum (e não financeiro), o qual tenta usar a linguagem mais simples, onde poderá partilhar a conclusão de que a necessidade de pagarmos mais 1.700 milhões de euros em 2010 (de impostos directos e indirectos) nada terá a ver com a crise internacional, ao contrário "da poeira que atiram para os olhos dos portugueses" via propaganda e comunicação social imberbe (sujeita aos tais Mediófilos).

Pelo contrário, pagarmos mais impostos a meio de 2010 deveu-se à circunstância de ter existido um grave desvio orçamental (da execução orçamental) na ordem dos 1.800 milhões de euros, e, pelo que este Movimento apurou nos documentos oficiais, desvio que é DA RESPONSABILIDADE DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS POLÍTICOS DO ESTADO:

Presidência do Conselho de Ministros: € 1.612.846.40 a mais
Ministério dos Negócios Estrangeiros: € 21.554.608,00 a mais
Ministério das Finanças e da Adm. Pública: € 440.268.332,53 a mais
Ministério da Defesa Nacional: € 269.273.965.86 a mais
Ministério da Administração Interna: € 182.546.285,80 a mais
Ministério da Justiça: € 61.775.062,57 a mais
Ministério da Economia: € 4.724.750,00 a mais
Ministério do Ambiente: € 5.296.327,02 a mais
Ministério do Trabalho e Seg. Social: € 185.706.045,00 a mais
Ministério da Saúde: € 101.890.647,78 a mais
Ministério da Educação: € 544.882.709,10 a mais
Ministério da Educação II/ou Ensino Sup.: € 462.968,22 a mais
Ministério da Cultura: € 10.970.010,21 a mais
Representante da República/Açores: € 22.066.277,69 a mais
Representante da República/Madeira: € 20.874.866,53 a mais
Administração Local do Estado: € 7.866.512,50 a mais
Conselho Económico e Social: € 201.352,08 a mais

TOTAL DA "DERRAPAGEM" ORÇAMENTAL EM 2009: € 1.881.983.567,29 a mais

Estes "cavalheiros" (pois as Instituições e Órgãos do Estado não funcionam sem responsáveis pessoais, eleitos ou nomeados) são DEVEDORES POLÍTICOS DE PORTUGAL. Com a conivência de todos os Partidos da oposição, que nada disseram a respeito.

Não é nem pela ideologia, nem pela antipatia que (por acaso) geram, nem pela governação (ou falta dela) que os mesmos me merecem viva censura ou repúdio. Apenas pela "simples" MÁ GESTÃO dos dinheiros públicos ou AUSÊNCIA DE CONTROLO DA DESPESA PÚBLICA.

A propósito, já viu a http://www.peticaopublica.com/?pi=201001a

Um comentário:

  1. Atenção: Os valores indicados para os Representantes da República para a Madeira e para os Açores, não se destinam a suportar estas entidades, mas são transferências do Orçamento do Estado destinadas às respectivas regiões autónomas, que por Lei transitam pelas entidades referidas.

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